Deixei a minha universidade, lá para Trás-os-Montes, com o coração apertado de um sentimento de saudade e insegurança. Apareceu o receio de lidar com a mudança, uma nova fase, o desconhecido, como qualquer humano sente e com 20 anos não estar à altura do desafio que é o mercado de trabalho.
Aos poucos, vai-se descobrindo o caminho, encontrando a tranquilidade, traçando planos e objetivos, aprendendo mais sobre nós e deitar à terra sementes que podem ou não germinar. Oportunidades faltam pelas cidades que não são as estrelas de Portugal, mas uma pessoa espera por aqui, até uma dessas sementes se decidir a romper a terra ou até ter coragem de voltar a voar do ninho um dia, se isso não acontecer.
Enquanto o ponto de partida no trabalho ainda é mistério, não se deixa morrer a criatividade nem a vontade de aprender. O bom de ainda se estar a descobrir o nosso lugar, é que se mantém os hábitos de estudante: assimilar toda a informação possível com mais tempo e calma. Resumindo, continuar a estudar, desta feita por conta própria, hábito esse que sei e acredito ser necessário manter para toda a vida. Novos conceitos teóricos, novas inovações e fontes de saber, muitas inspirações, experimentar várias áreas da comunicação e perceber a que se destinam, o nosso método de trabalho desta vez mais limado que na universidade, descobrir o que mais gostamos e descartámos, o avançar nos conhecimentos sobre os softwares e afins é o objectivo.
Daí surgir este blog, ainda com nome e design indefinido, como um desafio de manter este sitio sempre em movimento tal como a minha mente, de informações novas que escaparam ou o tempo não deixou surgir com o dia-a-dia de um universitário. Uma espécie de sebenta, em que vão aparecendo uns apontamentos e rascunhos de descobertas, mais destinados a mim para não esquecer, mas que também pode interessar a outros.
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